sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

CHIQUNHA GONZAGA, UMA MULHER IRREVERENTE

A última foto da maestrina e compositora no dia do seu aniversário de 85 anos 

Chiquinha Gonzaga (Francisca Edwiges Neves Gonzaga)
(Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847 - 28 de fevereiro de 1935)

O marido, dono de navio, forçou Chiquinha a escolher entre ele e o piano. Era 1868 e ela ficou com a música. Separando-se do marido conquistou a sua independência numa época em que isso causava escândalo na sociedade brasileira. Frequentava rodas de choro, tocando em festas e bailes à noite com boêmios para sustentar os filhos e tê-los juntos, mas foi em vão. Sofreu muito com a separação obrigatória dos filhos imposta pelo marido e pela sociedade preconceituosa daquela época, que impunha duras punições à mulher que se separava do marido. Seu primeiro sucesso foi a polca ‘Atraente’, de 1877 e é autora da primeira marcha de Carnaval, ‘Ó Abre Alas’ que compôs para o cordão Rosa de Ouro e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Politizada arrecadou dinheiro para alforriar escravos e protestou contra a monarquia. Aos 52 anos, se apaixonou por um rapaz de 16 anos. Temendo o preconceito, fingiu adotá-lo como filho, para viver esse grande amor e evitar escândalos para seus filhos, além de afetar sua brilhante carreira e viveu com ele até morrer no dia 28 de fevereiro de 1935, aos 87 anos.  MAIS
Chiquinha Gonzaga com Vicente Celestino, Gilda de Abreu e o autor da peça ‘Juriti’, Viriato Corrêa, em 1933 no Teatro Recreio

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