sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O INQUÉRITO DO APÊ DE LULA É SÓ FOFOCA DE VILA. PIOR QUE A DA D. JOSEFINA

Por Fernando Brito

Morei numa vila, no Lins de Vasconcellos, em frente ao Centro Tupyara.

Tinha uma senhora, Dona Josefina, que na falta de ocupação mais útil, dedicava-se a fazer, quando encontrava com as outras moradoras, fofocas cujo tema inevitável, eram as “más companhias” dos meninos da vila.

Quem eram as “más  companhias”?

Dependia de com quem a Dona Josefina falava.

Às vezes, era o Ernâni, o “mais velho” (tinha 17 anos) que não podia querer boa coisa andando com uma garotada mais nova.

Ou éramos eu e meu irmão, “os filhos da desquitada” que, sabe como é, boa coisa não podíamos ser, filhos de “um lar desfeito”.

Ou o Afrânio, que tinha cabelos compridos.

Ou o João, que era “sonso”, um doce de sujeito.

O Paulinho, que era negro.

Até que apareceu a maravilha tecnológica do gravador “K-7”.

E a gente, veja só, usou para gravar algumas “denúncias” da Dona Josefina às zelosas mães de família, com o auxílio de algumas que já não aguentavam a “fofocalhada”.

Deixo que cada um imagine o resultado do “grampo” juvenil à Dona Josefina, quando a mãe ouvia que a “má companhia” era seu próprio filho.

Transportei-me para o Lins de Vasconcellos, hoje, lendo os depoimentos publicados pelo Estadão sobre “o apartamento do Lula”.

Me disseram, ouvi dizer, comentaram, etc…

Eram “familiares do Lula”, mas não sabem o nome…


Um era loura, bonita. Outro tinha tatuagem.

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