Por Fernando Brito
Não é provável que, 40 dias depois do achado de R$ 51
milhões, em dinheiro, no apartamento emprestado a Geddel Vieira Lima para
guardar a “bufunfa” amealhada para si e seus cúmplices, o irmão do deputado
tivesse guardado ali algo comprometedor.
Pode ser, nunca se sabe quando está se tratando com pessoas
capazes de guardar uma montanha de dinheiro vivo dentro de um apartamento
“emprestado”. Emprestado, segundo as declarações do proprietário, a Lúcio, não
a Geddel.
Aliás, isso, na ocasião, sim, justificaria uma imediata ação
de busca e apreensão do gajo.
Mas tudo indica que o objetivo é colocar pressão sobre
Geddel Vieira Lima, preso, para delatar.
E, com isso, recolher material para a terceira denúncia
conta Michel Temer, com os métodos que a gente está cansado de conhecer.
As ações policiais-judiciais no Brasil há muito tempo se
focam não mais na investigação, mas na confissão.
Quando se trata de escroques como os irmãos Vieira Lima, a
gente fica até torcendo.
O problema é que voltamos ao tempo do “pendura até ele
confessar”.
Agora, na versão 2.0, “invade e prende até ele dedurar”.
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