quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A JUSTIÇA, LEBRE PARA LULA; TARTARUGA PARA OS BANCOS

Por Fernando Brito

Quem ainda achar que a Justiça trata a todos com isonomia, olhe para as principais manchetes dos jornais de hoje.

Numa, depois de 26 anos de serem tungados pelo Plano Collor 2 (1991) e por outros que o antecederam, uma multidão de poupadores – 60% deles com valores de menos de R$ 5 mil, o que não os torna, nem de longe, especuladores ou “investidores” – aceitam um acordo para receber na Justiça aquilo que foi expurgado de suas pequenas economias.

Na outra, os desembargadores batem todos os recordes de velocidade e marcam, na metade do prazo costumeiro, o julgamento – melhor dito, a formalização da sentença condenatória que, desde o início, estava urdida, planejada para servir como último “gatilho” para evitar que Lula pudesse ser a alternativa eleitoral dos brasileiros, se acaso não bastasse, como não bastou, a campanha de destruição política a que foi submetido o ex-presidente Lula.

Na primeira, era dos bancos que se pretendia ver devolvido, modestamente, uma montanha de recursos que lhes serviu para ganhar várias outras, uma cordilheira mesmo, de dinheiro tirado do público.


Na segunda, pretende-se punir alguém por ter “recebido” um apartamento que nunca foi seu, do qual não teve a chave, no qual não dormiu uma noite, e não há um mísero papel que comprove sua posse ou propriedade. E que, afinal, segue de propriedade do suposto “doador”, que o hipotecou à Caixa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário